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segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Dito-cujo aflito 20/02/12

Dito-cujo aflito.
Falarei de mim e de minha família, de quanto é custoso oviver de todos nós, somos de família pobre e simples, mas sempre estamos naluta do dia a dia para sobreviver.
Primeiro falo um pouco de mim, não tive muito tempo paraestudar como muitos não têm, pois não é fácil viver sem ter de onde tirar umsalário de maneira satisfatória para se sustentar.
Por isso tive que começar desde cedo trabalhar, mas nem porisso deixei de fazer viver.
Lembro-me que devia ter uns doze anos quando parei de estudar, por tanto fiz até o sexto ano escolar da época, o pouco que aprendi serviu para não passar tanta vergonha, porque quem não sabe ler ou escrever torna-se muito incapaz, assim dizia meu falecido pai.



Meu pai não tinha estudo nenhum, eracompletamente analfabeto, coitado ele tinha tanta vergonha de quando alguémpedia para ele ler alguma coisa, ele ficava tão vermelho como pimenta e entreos dentes saia uma voz engasgada dizendo; não sei ler.
Aquilo doía na gente que sabia um pouquinho, quantas de vezes, meus olhos se encheram de lagrimas por ouvir meu pai dizer que não tinha leitura.
Com o pouquinho que aprendi deu até para estar escrevendoaqui para você que esta lendo, sei que posso até mesmo escrever errado, mas nempor isso deixo de digitar o que quero dizer.
Sempre soube que queria algo para viver melhor, mas de ondetirar se nem um bom emprego eu consegui em toda minha vida, hoje já com meusmais de cinqüenta anos não será fácil conseguir.
Mas vou vivendo conforme a vida que Deus me deu, tendo meusproblemas dia após dia, passando meus sufoco e sempre esperando, já nem maissei o que estou a esperar, sei que minha mente com meus pensamentos estãobuscando isto ou aquilo, mas o que?
Nem mesmo uma sorte eu tive até hoje, como tem alguns que ganhamna loteria ou consegue um bom emprego, nem mesmo isso dei sorte dentro dessavida até o momento.
Não quis casar por saber perfeitamente que com o que ganhonunca seria suficiente para sustentar uma família, e vindo de uma família comoa minha pobre e de muitos irmãos, nunca quis ter filhos para viverem como eu emeus irmãos viveram.
Posso ser um bobo, por pensar assim, mas vejo que tantos quenasceram e ai estão sofrendo pela estrada da vida, sabendo disso como eupoderia casar ou mesmo ser pai de filhos sofredores.
Não, não posso colocar filhos no mundo para viverem aqui eali, não sabendo quem são direitos.
Entristeço-me muito quando vejo um casal separando e seusfilhos vivendo hora com o pai hora com a mãe ou mesmo com avôs, e muitos nãotendo lugar certo para morar, vivendo embaixo de viadutos, com sinistrasociedade.
Não que um homem sem dinheiro ou bom emprego, não possa serfeliz, têm sim, felicidade, mas é bem difícil dentro de uma vida que é movidacom a manivela do dinheiro.
Um homem que tem dinheiro tem moral e têm valor, não precisater beleza para conquistar um grande amor.
Assim sendo a vida com dinheiro se torna muito mais defelicidade, não que o dinheiro compra-a, mas ajuda e como ajuda.
Vejo agora depois de tantos anos vividos, que um homem vale oquanto pesa.
Quando em minha juventude conheci uma moça que estudavamuito e sempre dizia que se formaria um dia para ter uma vida boa, como eununca pensava muito nisso e nem mesmo como continuar estudando poderia, poisparei para ajudar meus familiares.
Assim com pouquíssimo tempo de encontro fiquei pelo caminho,nunca mais vi aquela moça, nem sei se saiu bem na vida.
Tive vários encontros, mas nuncafirmei por ser assim e tendo em mim este pensamento que um homem não deve sercruel para com nada, claro que este pensamento me fez um bestalhão na boca demuitos, mas por outro lado me sinto gratificante por não causar tantossofrimentos a outros.
Com o passar dos anos fui vendo como minha família foimudando aos poucos, pois cada irmão e Irmã iam cada qual viver sua vida.
Começou com meu irmão abaixo de mim, ele encontrou umanordestina e se firmaram, têm cinco filhos, já sendo avôs. Mas nem por issodeixaram de ter grandes tormentos dentro de seus viveres.
Mantêm a vidinha de trabalhadores aqui e ali, sempre emserviços pesados, mas estão lutando.
Minha primeira irmã juntou com um homem separado de suaprimeira esposa, que deixou pelo caminha dois filhos, agora com minha irmã têmduas filhas, passam apertos para manter firme o edifício.
Meu segundo irmão este casou aindanovo, tem também quatro filhos, três mulheres e um homem, mora em um pedacinhote terra que ficou para eles vindo da parte de meu pai.
Minha segunda irmã não casou, mas juntou-se, um rapaz muitotrabalhador, eles até vivem mais ou menos, mesmo trabalhando na roça, o homemconsegue fortalecer a estrutura de família, tendo seus desarranjos de vez emquando.
Meu terceiro irmão também conheceu uma moça, bem mais nova doque ele, ela têm a cabeça um pouco mais firme, pois ela é quem domina, ele é debeber muito e dá muito trabalho, mas ela tenta colocar nos eixos.
Jáminha terceira irmã, casou com um rapaz do estado de são Paulo tiveram um casalde filhos, viveram na cidade do rapaz até pouco tempo atrás, por infelicidade ascoisas não ofereceram certeza para que continuasse fixo lá, meu cunhado entãoperdeu tudo que havia conseguido na vida e veio morar aqui em nossa cidade.
E meu cunhado trabalha de recepcionista em um hotel, vivemAgora minha irmã trabalha de empregada domestica;
Discutindo, um atacando o outro por não terem mais a vida quetiveram.
Não sabemos o que vai virar da vida dos dois.
Meuirmão caçula que parecia estar em uma melhor, eu não poderia estar ciente doque estava acontecendo com ele.
Não sabia que de aparência estavam ele com sua mulhervivendo.
Sabia que tinha suas dificuldades de manter seu bemadquirido, quanto à união dos dois ninguém imaginava que estava beirando ofinal.
Separaram e agora, ele vive sozinho em um imenso casarão e amulher trouxe as três filhas para morarem com seus pais, dá tristeza a de ver avida que estão levando.
Comopoderia então todos nós ter alegria e felicidade, cada um tendo seus problemaspara resolver.
E olha que minha senhora mãe é evangélica e nossa casa vivelotada de gente a busca de socorro, orações, hinos e gritos.
Dizem alguns que minha mãe tem o dom de ajudar aqueles queestão aflitos com seus sofrimentos.
Eu então no meu canto imagino besteira, como pode alguém comominha mãe ajudar a tantos e não poder ajudar seus filhos.
Sei que ela pede muito a Deus por todos nós, mas ajuda não chega e somente nóssabemos que estamos precisando de muita ajuda, mas ajuda mesmo.
Claro que sei que Deus sabe que estamos em apuros, mas quandoserá nossa vez.
Há um ditado que diz o santo do lugar não faz milagre, achoque isso é uma grande verdade, temos uma mãe praticamente santa dentro de casae vivemos em sofrimento.
Sofrimentos diferentes,, eu tenho o meu e meus irmãos têm odeles, mas na maioria das vezes toda amargura vem por falta de dinheiro.
O abençoado dinheiro é mesmo a alavanca da existência humana,sem ele não se tem uma vida boa, nem mesmo saúde, alimento, escola e muitosoutros.
Por isso digo novamente o dinheiro não compra felicidade, masfaz com que ela esteja presente em nossas vidas.
Posso estar enganado com tudo isso ealguns sem ciência exata dirão que sou um tanto insano, mas não, pois vejo queos maiores sofrimentos de nossas vidas chegaram por falta do bronze.
Talvez se existisse dinheiro em muitos dos casos que advieramdentro da família, não aconteceriam.
As brigas, os descontentamentos e muito mais, até mesmo umadoença que se poderia ter invitado, se tivesse dinheiro não faltaria aquilo quefortalece o corpo humano, o arroz e o feijão, não tendo eles o corporapidamente fica frágil.
Vejo que muitos dos sofrimentos quetivemos vieram por falta dele.
Para aqueles que têm dinheiro digo, que olhem sempre para oslados, vejam aqui mesmo em nosso país, o quanto de sofrimento há por falta dedistribuição mais adequada.
Observem nossos irmãos de outros países, como também sofrempor falta do sustento.
O que posso fazer é continuar com meu pedido a Deus queesteja com eles ajudando-os.
Como também solicito para minha família.
Se a nota tem a coroa do Rei e é do Rei, que o Rei com suacaveira estampada dêem ao dito-cujo aflito.

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