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terça-feira, 4 de novembro de 2025

A Direita, a Extrema-Direita e a Condenação de Jesus: Um Paralelo Histórico que Persiste.

 

A Direita, a Extrema-Direita e a Condenação de Jesus: Um Paralelo Histórico que Persiste.


Poucos dizem abertamente, mas todos um dia precisam saber: Jesus foi condenado por uma combinação de interesses religiosos e políticos, orquestrada entre líderes religiosos e autoridades do poder. Não foi apenas um julgamento injusto, mas um ato político cuidadosamente calculado, fruto do medo, da hipocrisia e da conveniência de quem temia perder o controle sobre o povo.

Jesus incomodava. Sua mensagem de amor, justiça, igualdade e partilha afrontava tanto os líderes religiosos, que viviam da opressão e da lei fria, quanto os governantes, que sustentavam o império à base da força e da submissão. Ele representava uma ameaça ao sistema estabelecido — pregava a liberdade interior, o valor do ser humano acima das instituições, e isso jamais agradou aos que se beneficiam da desigualdade e do autoritarismo.

A figura de Pilatos e o poder covarde

O governador Pôncio Pilatos, representante direto, tinha a autoridade máxima para aplicar a pena capital. Foi ele quem assinou a sentença, mesmo tentando parecer neutro. A cena em que “lava as mãos” é, na verdade, um símbolo da covardia política: o típico gesto do governante que finge não se envolver, mas se beneficia do resultado.

Pilatos representa aquele tipo de líder que existe até hoje — o que se diz “moderado”, “imparcial”, mas que na prática serve ao poder e não à justiça. Assim como ele, muitos políticos da chamada direita e extrema-direita usam o discurso da moral e da ordem, mas quando o povo sofre, preferem lavar as mãos. Fingem neutralidade enquanto condenam inocentes pelas decisões que tomam ou permitem.

A estrutura da direita desde os tempos antigos

Se olharmos com atenção, o que aconteceu com Jesus segue o mesmo padrão ideológico que hoje conhecemos nas forças conservadoras da direita e da extrema-direita. São movimentos que se alimentam da manipulação, do medo e da falsa moral.
Usam a religião como escudo, a pátria como desculpa e a família como fachada — mas no fundo o objetivo é sempre o mesmo: manter privilégios e poder.

A direita de ontem e a extrema-direita de hoje têm uma semelhança gritante: dizem uma coisa pela manhã e desdizem à tarde. São contraditórios por natureza, porque não acreditam nem neles mesmos. Vivem de aparências, de promessas vazias e da manipulação dos mais simples. E o pior: tentam convencer a todos de que representam a verdade e os valores cristãos, quando na prática agem contra tudo que Jesus ensinou.

“Deus, Pátria, Família”: o velho disfarce do autoritarismo

Décadas, séculos se passaram, e o mundo mudou — mas o discurso da direita conservadora continua o mesmo. Durante as campanhas eleitorais e momentos de crise, slogans como “Deus, Pátria, Família” ressurgem com força, tentando pintar de fé e moralidade o que, na verdade, é controle e intolerância. Esse lema não nasceu do amor a Deus, mas do medo da liberdade.

Ele foi usado por regimes totalitários como o Integralismo Brasileiro, inspirado diretamente no fascismo europeu dos anos 1930, sob o domínio de Benito Mussolini e Adolf Hitler. Em nome de Deus e da pátria, esses regimes promoveram perseguições, censura, tortura e morte. Era a fé transformada em instrumento de opressão — exatamente como fizeram com Jesus.

Nesses movimentos, “Deus” servia para justificar o autoritarismo; “pátria”, para impor o nacionalismo cego; e “família”, para reprimir qualquer ideia que fugisse do padrão que o poder queria manter. São ideologias que sempre temeram a liberdade e a igualdade, porque sabem que o povo consciente é o fim de seus privilégios.

A manipulação do sagrado

Há uma contradição evidente nesses grupos: falam em nome de Deus, mas suas ações são contrárias ao evangelho. Jesus pregou o amor, o perdão, a compaixão e a partilha. Já os que se dizem defensores da “fé” dentro da política pregam o ódio, a exclusão, o armamento, a intolerância e o desprezo pelos mais pobres. Usam a Bíblia como bandeira, mas não a leem com o coração — leem como quem busca justificar o poder e não servir à verdade.

Quando líderes políticos usam o nome de Deus para ganhar votos, estão repetindo o mesmo erro — ou o mesmo crime — de Pilatos, Caifás, Benito Mussolini e Adolf Hitler: usam a fé como ferramenta de manipulação. Assim como os líderes religiosos da época de Jesus temiam perder o controle sobre o povo, hoje também muitos líderes da extrema-direita temem perder seu domínio sobre as mentes e corações dos fiéis.

A insanidade do fanatismo

A direita e a extrema-direita vivem uma obsessão perigosa: acreditam que quem não está com eles está “fora de tudo”. Esse pensamento divide, destrói, exclui. É o mesmo espírito que levou à crucificação — o medo de quem pensa diferente, o ódio a quem questiona o poder. São pessoas presas ao passado, que confundem fé com imposição e confundem pátria com propriedade. Querem mandar no corpo, na fé, no voto e até no pensamento dos outros.

O verdadeiro cristão não se guia por slogans, mas por atitudes.
Quem realmente segue Jesus não levanta bandeira de ódio, não apoia injustiças e não defende tiranos. O que vem da direita e extrema-direita não tem nada de divino: tem o cheiro velho do autoritarismo, o mesmo que há dois mil anos condenou o homem que pregava apenas o amor.

Conclusão: A história se repete

A condenação de Jesus não foi apenas um episódio religioso — foi um ato político, um julgamento manipulado para satisfazer o poder da época. E quando observamos o cenário atual, percebemos que pouco mudou.
A mesma mentalidade que crucificou o justo ainda vive disfarçada em discursos moralistas, em templos, em palanques e nas redes sociais. Mudaram os nomes, os rostos, as roupas — mas a essência da direita e da extrema-direita continua a mesma: o medo do amor e da liberdade.

Por isso, compreender a história não é apenas olhar para o passado — é um ato de vigilância. Enquanto houver quem use o nome de Deus para dominar, quem desvirtue a fé para oprimir, e quem lave as mãos diante da injustiça, a cena de Pilatos continuará se repetindo, e Cristo continuará sendo crucificado todos os dias — nas periferias, nos pobres, nos diferentes, nos oprimidos e em todos os que ousam pensar com o coração livre.

O Caminho dos Humildes e a Escolha que Define o Lado de Deus

Os humildes, os pobres, os trabalhadores, os sonhadores que carregam nas costas o peso da vida e a esperança de um futuro melhor — esses jamais deveriam se deixar enganar pelos discursos da direita e da extrema-direita. Esses grupos nunca caminharam ao lado do povo, nunca sentiram a dor da fome, nunca entenderam o valor de um prato de comida ou de um salário justo. Falam em “Deus”, mas vivem de enganar; falam em “família”, mas desprezam as famílias simples; falam em “pátria”, mas vendem o país ao primeiro interesse que lhes convém.

Os que labutam de sol a sol, os que sonham com uma casa, com saúde, com escola, com dignidade, devem lembrar sempre de onde vêm e por quem lutam.
Porque foi nas mãos dos humildes que Jesus caminhou, foi na mesa dos simples que Ele partiu o pão, e foi pelos pobres que Ele deu a vida. Seguir a direita ou a extrema-direita é esquecer essa verdade. É voltar ao tempo de Pilatos, de Caifás, e de todos os que condenaram o justo para salvar o poder.

Quem acredita em Jesus não pode caminhar ao lado de quem o crucificaria de novo. Quem tem fé no amor e na justiça não pode apoiar quem faz da fé um instrumento de mentira.

O trabalhador, o agricultor, o estudante, a mãe de família, o sonhador que busca dias melhores — todos esses pertencem ao povo de Deus, e não ao exército da intolerância. O verdadeiro cristão não se curva diante do ódio. O verdadeiro patriota não destrói seu próprio povo. E o verdadeiro homem de fé sabe que Jesus jamais escolheria o lado dos ricos e poderosos que exploram os pobres em nome de Deus.

Há um ensinamento simbólico e profundo que muitos ignoram: Jesus sentou-se à direita de Deus porque o coração dele está do lado esquerdo. Assim, Deus protege o coração — a essência, o amor, a compaixão — e não os pensamentos doidos e egoístas de alguns que falam em Seu nome sem entender o que dizem.
Se Jesus estivesse sentado à esquerda, o coração dele estaria à deriva, como o de tantos que perderam o rumo. Mas Ele está à direita, para que o coração permaneça guardado em Deus, e não contaminado pelos delírios de poder e vaidade humana.

Por isso, é preciso dizer com firmeza: Quem segue a direita ou a extrema-direita, mesmo que não pratique o mal diretamente, comete o erro de pertencer à mesma quadrilha que condenou Cristo. Pode não bater o prego na cruz, mas ajuda a segurá-la.
Pode não levantar a voz do ódio, mas permanece em silêncio enquanto a injustiça fala por ele.

Que cada um olhe para dentro de si e lembre: Deus está com os humildes, com os que têm mãos calejadas, corações limpos e fé sincera. Jesus está com os que buscam a verdade, não com os que a usam para dominar. E enquanto houver quem escolha o amor em vez do medo, a solidariedade em vez do lucro, e a justiça em vez da conveniência — o Reino de Deus continuará vivo entre nós.





 

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