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terça-feira, 2 de agosto de 2011

Onde está o valer, se não vale.


Onde está o valer se não vale.
Está noite foi uma loucura para eu dormir.

Não que eu não tinha sono, mas é que um som malvado não deixou pregar os olhos.
Depois de um dia de trabalho, estava precisando descansar, para que no outro dia estivesse com meu corpo normal para enfrentar o mesmo serviço.
Meu serviço é um pouco tranquilo, quase não faço nada, a única coisa que tenho que fazer é amassar concreto, carregar tijolos, subir escada levando a lata de massa e subir com oito ou dez tijolos no ombro até o pedreiro.
         Então não é assim tão cansativo, mas como todo ser humano precisa de sono eu preciso também, pois quando dormimos, ao acordar nós estamos com um corpo muito melhor.
Bem eu tinha que dormir, mas o infernal som não queria deixar, virava de um lado para outro e nada do sono chegar.
Parece que quanto mais eu revirava, mais o sono se distanciava e as horas iam passando como nuvens levadas pelo vento.
         Como eu tinha vontade de xingar, de ir até lá e falar com os organizadores, pedir para ter dó de mim e os outros que têm que trabalhar no outro dia.
Então ia olhando no relógio e os segundos sendo contados pelos meus olhos, que sacrifício que tristeza, pedia a Deus o criador para ter compaixão e mandasse meu sono.
Nem isso estava adiantando, pois o Tum Tum Tum das funestas caixas de sons era mais forte que meus pensamentos de pedidos, e muito mais forte ainda que minhas orações.
Acho que Deus não escutou a mim por isso.
         Pensei então em ira a casa do senhor Juiz e pedi-lo para que ele nos ajudasse com aquele som,
Por infelicidade a minha nem adiantaria eu ir até ele, pois estavam no seu rancho as margens do rio, pelo que fiquei sabendo.
O que fazer então, já era quatro horas da madrugada e nada de dormir, Deus o pai seja mais amável com seu filho pensava eu, tenho que estar as sete na obra e corro risco senhor de estar com sono e fraco, como tenho que subir; Pode até cair dos degraus e me machucar.
Com aquilo deu cinco e eu me levantei e fui para cozinha fazer meu café e preparar a sagrada marmita de todos os dias.
Onde levo arroz, feijão um ovo frito talvez ou mesmo um chuchu com pimenta.
Fazendo meu café e aquecendo a sobra do jantar, lembrei-me das leis dos homens, que serão baixadas um dia e serão colocadas em disquetes, os quais tocaram pelo soberano senhor da criação, que ira escutar, então ele saberá quais foram às regras aplicadas que os homens usaram para fazer as tais leis.
Acalmei-me um pouco, pois meus nervos tremiam como se tivesse passando em uma esteira de maquina de beneficiar arroz.
Vi em minha vista naquele momento, como é insignificante as leis que eles criaram, nas caladas, pois dizem que um som após as vinte e duas horas não pode passar de tal altura.
Mas como pode ser isso, pois ali estava um som para toda uma cidade ouvir e a noite toda, ali gritava o locutor de rodeio, depois os artistas com seus cantares e por fim o som pesado do Tum Tum Tum, para final de noite e com suas danças malucas.
Creio que ali deveria ter no máximo, umas duas ou quem sabe cinco mil pessoas, sendo que nossa cidade tem um total de dezessete mil habitantes, então se tinham lá cinco, os doze mil tem que ouvir e não dormir pelos outros cinco.
Deus meu, que mentecaptos cheios de loucuras, porque não cumprem a tal lei determinada pelos sábios que as fizeram, se posso chamá-los de sábios, acho que depois da meia noite com o som mais alto entra mais gente. Pensam!
Será que não pensam que depois da meia, quem foi, foi; quem não foi, dorme! Abaixe o som e deixem os que trabalham durante o dia, dormir, pois vam vocês dormirem dentro do dia, se dormem! Nem sei, pois ficam no embalo do gás.
  Mas eles não fazem massa de concreto não carregam tijolos e nem sobem escadas, com peso no ombro, por tanto, acho que estou um pouco doido, só eu estou me preocupando com isso!
  E a lei é só para quem trabalha? Não vale vintém! Onde depois das vinte e duas horas, silencio! Ou baixinho; onde está a tal?


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