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segunda-feira, 1 de julho de 2013

Tudo sobre depressão 01/07/13

Tudo sobre depressão
Causas
Não se trata de pessimismo ou de simples cara amarrada. A depressão envolve alterações químicas no cérebro. É certo também que esse desarranjo tem fatores genéticos.
Há quem diga que os genes são de longe os fatores de risco mais importante. Na massa cinzenta do deprimido as moléculas responsáveis pelo bem-estar estão em constante baixa - ao contrário das demais pessoas, que enfrentam essa baixa por algum motivo específico e a tristeza somem em poucas semanas.
Outros fatores podem empurrar quem tem essa tendência ao fundo do poço: certos remédios, drogas, doenças neurológicas, cardiovasculares, infecciosas e até tumores. As oscilações hormonais também têm sua parcela de culpa - o que ajuda a explicar por que o problema é duas vezes mais comum nas mulheres e por que costuma aparecer na gravidez e no pós-parto, períodos de turbulência hormonal.
Diagnóstico Ninguém está livre de sentir uma tristeza profunda diante de alguma perda, de passar por um momento de baixo-astral ou de desânimo passageiro.
Mas aqui não estamos falando desses sentimentos comuns, que fazem parte da vida de qualquer pessoa.


A depressão é uma doença que entra em cena quando o sofrimento vem do nada ou é completamente desproporcional ao motivo que o disparou, se arrastando por meses e até anos.
Essa triste realidade abala cerca de 340 milhões de pessoas no mundo - algo entre 2% e 5% da população.
O cenário é tão grave que a Organização Mundial da Saúde calcula que em vinte anos a depressão ocupará o segundo lugar no ranking dos males que mais matam. Não à toa: além de comprometer o jeito como a pessoa vê o mundo, a doença afeta a própria saúde física, abrindo caminho para vários outros problemas.
Sem falar no risco de suicídio, que atinge entre 15% e 20% dos deprimidos.
Ninguém consegue sair desse poço sem ajuda, na base da boa vontade. A boa notícia é que, com tratamento médico, 70% desses pacientes se curam. O diagnóstico é essencialmente clínico. O médico suspeita de depressão quando o paciente apresenta quatro ou cinco sintomas clássicos que persistem por semanas.
E não espere aquele quadro típico de alguém prostrado na cama. Alguns já ficam atentos para quem simplesmente não sente prazer nas coisas ou não vibra com a vida. Não há nenhum exame que aponte a depressão, mas o especialista pode pedir testes para afastar doenças como o hipotiroidismo que, sabidamente, pode levar há quadros depressivos. Infelizmente, muitos pacientes ainda custam a reconhecer que precisam de ajuda e muitos médicos ainda acham que a depressão é uma mera conseqüência de algum outro problema da pessoa.
Complicações Estudos mostram que os deprimidos têm mais chance de desenvolver outras doenças, como males cardíacos e derrame. Tanto que há quem diga que ela deve ser colocada ao lado da hipertensão e do colesterol alto no que diz respeito à saúde do coração.
Tumores e infecções pela queda de imunidade também acabam encontrando um terreno fértil nesses pacientes.
Fatores de risco Levando em conta a predisposição genética, os estudos apontam quem é mais vulnerável à depressão:
• Quem tem história familiar
• Pessoas da raça branca
• Quem passou por acontecimentos - como perdas, lutos e estresse - que podem desencadear ou agravar o quadro.
• Quem tem personalidade tímida, introspectiva e insegura.
• Gente que teve muitas experiências de fracasso na vida
• Mulheres• Gravidez e parto
• Pessoas que têm pouco convívio social e relações mais desestruturadas.
 Sintomas
• Tristeza profunda
• Falta de prazer
• Perda ou ganho de peso
• Alterações no sono
• Cansaço
• Sentimentos de ruína ou fracasso que levam a pensamentos de culpa ou morte
• Alterações nas relações sociais
• Perda de interesse pelas coisas
• Retardo motor, dificuldades de atenção e de memória 
• Pessimismo exacerbado
Tratamento
Quem sofre de depressão não consegue levantar a cabeça sem ajuda profissional.
De nada adianta insistir que a vítima saia, viaje ou conheça novas pessoas.
Mas com um bom acompanhamento a grande maioria delas consegue superar o drama.
As drogas tentam reequilibrar as substâncias em desequilíbrio no cérebro.
As de última geração agem em três neurotransmissores - a serotonina, a noradrenalina e a dopamina.
Até pouco tempo atrás a melhor opção eram os inibidores seletivos da recaptação da serotonina.
Mas nenhuma delas está livre de efeitos colaterais e a escolha vai depender de cada paciente.
Uma vez iniciado o tratamento, a pessoa (e sua família) deve vencer outro desafio: dar tempo ao tempo, já que os remédios podem levar semanas até surtir efeito.
Ao lado dos medicamentos, a psicoterapia é fundamental. Os casos mais brandos podem ser aliviados também com mudanças no estilo de vida, incluindo exercícios leves, relaxamento, meditação e acupuntura.
Mas atenção: esses recursos são coadjuvantes e não dispensam os remédios sem o aval do médico.

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