A VERDADE QUE NINGUÉM TEM CORAGEM DE FALAR
Hoje preciso expor, de maneira clara, firme e
sem rodeios, a incompetência que tomou conta das administrações municipal — do
passado, do presente e, se nada mudar, do futuro. Parece até que ser gestor
virou brincadeira de mau gosto: entra um, sai outro, e a cidade continua
afundada na mesma lama administrativa. Eles sabem que o tempo não para, que a
população cresce, que os problemas aumentam, que novas demandas surgem
diariamente… mas agem como se a cidade estivesse congelada nos anos 1940, como
se o mundo não tivesse mudado absolutamente nada.
Vivemos em um país onde todo dia nasce gente,
todo dia aumenta o consumo, todo dia cresce o fluxo de mercadorias, veículos,
alimentos, lixo, resíduos, máquinas e construções. O correto seria termos
gestores que acompanhassem esse ritmo, que planejassem o hoje pensando no
amanhã. Mas o que vemos? São Gestores parados no tempo, apáticos, medrosos,
preguiçosos e completamente despreparados, que fingem administrar enquanto a
cidade se destrói diante dos nossos olhos.
Parece duro falar assim? Duro é viver na
prática o que essa incompetência causa. Duro é ver um município inteiro se
transformar em um amontoado de erros, descaso e bagunça institucional.
Mistura de estabelecimentos incompatíveis:
risco real à saúde pública. Açougue ao lado de loja que vende venenos, com cães
impedindo a entrada. Ter um açougue ao lado de um estabelecimento que
comercializa venenos é, por si só, uma infração sanitária gravíssima. Agora,
somando-se a isso a presença de cães na porta impedindo a entrada dos clientes,
a situação se torna ainda mais absurda. Esse cenário pode causar: Contaminação
cruzada entre alimentos e substâncias tóxicas. Risco de envenenamento
acidental. Transmissão de zoonoses por cães soltos, como: Leptospirose. Raiva. Verminoses
diversas. Giardíase. Leishmaniose. Infecções por Salmonella e E. coli.
Nada disso acontece por acaso: acontece por falta de fiscalização e por
incompetência administrativa.
Farmácia
encostada em posto de gasolina. A proximidade entre farmácias e postos de
combustíveis aumenta o risco de exposição a substâncias tóxicas, principalmente
benzeno, liberado pela evaporação de combustíveis. O benzeno é
reconhecido pela OMS como um agente altamente cancerígeno, associado
especialmente à leucemia. Isso deveria ser proibido, fiscalizado e corrigido.
Mas ninguém faz nada.
Chiqueiro de
porcos próximo à área urbana. É proibido por lei manter cria de porco próximo à
cidade. O motivo é simples: risco sanitário grave. Os problemas incluem: Proliferação
de moscas e insetos contaminadores. Odores fortes e gases tóxicos. Risco de
doenças como: leptospirose, salmonelose, parasitoses, contaminação do solo e da
água. Mesmo assim, deixam porcos a menos de quinhentos metros, quase no quintal
do povo.
Animais
pastando em lotes dentro da cidade, ou em cercados infestados de carrapatos. Carrapatos
transmitem doenças perigosas, como: Febre Maculosa (letal). Doença de Lyme. Anaplasmose.
Babesiose. Pastos dentro da cidade são proibidos justamente por esses riscos,
mas gestores fecham os olhos.
Padaria cercada
por cães de rua, que passam o dia inteiro expostas a cães, que deixam: Baba, Pelos,
resto de Fezes, Urina, Rabuja, pulgas e carrapatos. Isso espalha doenças como: leptospirose,
Raiva, Verminoses, Sarna, Giardíase, infecções bacterianas diversas, fungos e
vírus transmitidos pela saliva e pelas patas dos animais. Mesmo assim, os
gestores não realizam recolhimento, controle populacional, vacinação ou
castração desses animais.
Gatos em
telhados e por todo lado. Podem transmitir: Esporotricose, toxoplasmose, doença
da arranhadura do gato, sarna, raiva. E continuam se multiplicando sem qualquer
política de controle.
Lixo espalhado
pela cidade nos finais de semana. Lixo na rua atrai: Ratos, baratas, mosquitos,
urubus, cães e gatos doentes, moscas transmissoras de bactérias. Com isso
surgem doenças como: Dengue, Zika, Chikungunya, Leptospirose, Salmonelose, infecções
intestinais. Tudo isso por falta de coleta regular e de orientação pública.
Terrenos
baldios e lotes abandonados. Terrenos sujos são focos de: Aedes aegypti, ratos
e camundongos, baratas, escorpiões, cobras, moscas. E o povo paga o preço da
negligência alheia.
Calçadas
estreitas, irregulares e bloqueadas. Um dos maiores absurdos urbanos: calçadas
cheias de: Degraus, Mesas, Cadeiras, Postes, Lixeiras, obstáculos construídos
há mais de 10 anos sem fiscalização. Os pedestres são obrigados a: Tropeçar, desviar,
andar na rua no meio dos carros, correr risco de atropelamento. A Lei
Brasileira de Inclusão exige calçadas livres e acessíveis, mas aqui ninguém
cumpre nem cobra. Os gestores simplesmente ignoram tudo.
Oficinas de
caminhões e carretas dentro da cidade destruindo o asfalto. Caminhões pesados: não
deveriam ficar dentro da cidade, não
deveriam estacionar em ruas e avenidas, não deveriam parar na porta de oficinas
urbanas. O peso destrói o asfalto rapidamente, e a prefeitura gasta fortunas
para refazer trechos que nunca foram projetados para esse tipo de tráfego.
Parece até que é conveniente manter essa destruição para justificar obras e
gastos sem transparência. Oficinas de veículos pesados precisam estar fora
da área urbana, em local apropriado. Mas nada é feito.
Bueiros
entupidos, tampados com concreto e abandono urbano. E estes bueiros então
principalmente na área do centro, cada vez mais estão tampando os, o que deveria
ser cuidado é entupidos por concretos, deve ficar mais barato tampar do que
manter, e que a água corre sobre as ruas. O problema de bueiros entupidos por
concreto ou outros resíduos, principalmente na área central de cidades, é
recorrente e um dos principais causadores de alagamentos e problemas de
drenagem urbana. O descarte irregular de material de construção civil é uma das
causas desse problema, que exige fiscalização e manutenção por parte do poder
público. Mas nada é feito e sim entupido!
O centro da
cidade está com bueiros: entupidos, tapados por concreto, com grelhas quebradas,
sem manutenção, com isso: a água corre por cima das ruas, surgem enxurradas
perigosas, o asfalto se rompe, a cidade alaga. Tapar bueiro com concreto é
crime contra a drenagem urbana, mas aqui parece que é prática comum porque
"fica mais barato".
Destruição de
praças históricas e obras inacabadas. Há gestores que: destroem praças
centenárias, cortam árvores antigas, quebram bancos históricos, prometem
modernização e entregam uma praça com
arvores que levar cinquenta anos para dar sobra, ou mesmo plantam coqueiros que
nem sombra dá, como na praça o central até hoje não tem sombra suficiente no triângulo.
Outros iniciam obras e deixam inacabadas,
como vemos uma lá no morro. E o povo aceita, porque prefere festa.
Roubos em alta e a inércia do
poder. Nos últimos tempos, o que mais não é emprego, não é investimento, não é
qualidade de vida. O que cresce, infelizmente, é a criminalidade — e cresce de
forma descarada, à luz do dia ou da noite, sem medo de ninguém. Os roubos e
furtos se multiplicam, e a sensação que fica para o cidadão honesto é de
abandono completo, como se estivéssemos vivendo num lugar sem lei, sem
autoridade e sem responsabilidade pública. Hoje já se rouba de tudo, desde os
itens mais simples até os mais caros e difíceis de repor. Não existe limite,
não existe respeito, não existe medo de punição. Furto de fios: casas e ruas às
escuras, sem internet enquanto criminosos lucram
Os bandidos já estão roubando fiação elétrica
de casas, comércios, postes, bombas d’água e até transformadores. Em minutos
para arrancam metros e metros de cabo. O prejuízo para o cidadão é enorme: a
casa fica sem luz, portões automáticos são levados, eletrodomésticos, levam segurança
eletrônica, comerciantes sofrem com o prejuízo E ninguém vê solução. A pergunta é: E a
polícia? E a prefeitura? Onde estão? Quem está fiscalizando os receptadores?
Porque para cada item roubado, existe alguém comprando,
e isso não é segredo para ninguém. Roubo de peças e componentes de automóveis. Os
furtos de veículos ou de partes deles como: Baterias, centrais eletrônicas, retrovisores,
rodas e pneus. Roubar carro inteiro ficou “difícil”? Então roubam por pedaços. Muitas
vezes o carro está estacionado na porta de casa, e mesmo assim o criminoso leva
o que quer. O cidadão trabalha meses para comprar algo e, em cinco minutos, o
bandido arranca e leva embora — e a polícia aparece muito tempo depois, quando
aparece.
Produtos da
agricultura: do pequeno ao grande produtor, todos são vítimas, até na zona
rural os roubos são constantes. Estão levando: hortaliças, frutas prontas para
colher, sacas de milho, café, soja e de feijão, ferramentas, motobombas, sacos
de adubos, mangueiras, equipamentos de irrigação.
O produtor acorda cedo, trabalha de sol a sol,
investe tempo e dinheiro para cuidar da lavoura — e quando chega o momento de
colher, encontra só os rastros de quem passou antes. E quando procura ajuda, o
que ouve? “Faz o boletim e aguardar.” Enquanto isso, os receptadores continuam
funcionando normalmente.
Roubo de
bicicletas: o meio de transporte de muitos virou alvo fácil. Para muitos
trabalhadores, estudantes e idosos a bicicleta é o principal — e às vezes o
único — meio de transporte. E virou alvo fixo dos ladrões. Roubo de bicicleta
acontece: no portão, na calçada, na praça, no mercado, até de dentro do
quintal.
Quem perde a bicicleta perde mobilidade, perde
o caminho do trabalho, perde liberdade — e fica entregue à própria sorte.
A falta de
limite é tanta que galinhas, patos,
porcos, gado são levados. O pequeno criador, que cuida para consumo próprio ou
para complementar a renda, vive com medo de acordar e descobrir que a criação
sumiu. É o retrato de um município sem controle, onde o ladrão faz o que quer
porque sabe que não vai acontecer nada.
A pergunta que
não quer calar: de quem é a responsabilidade? O povo já não sabe mais quem está
falhando: É a administração municipal, que não cobra, não pressiona, não
organiza a segurança local e não investe, não monitora e nem faz prevenção? Ou
é o Estado, que não envia efetivo suficiente, não reforça a polícia e não
investiga os receptadores? A verdade é que o problema é de todos: quando um
rouba e outro compra, quando ninguém fiscaliza, quando ninguém pune, quando
ninguém acompanha, a cidade vira território do crime.
Os receptadores
são conhecidos — e continuam comprando. Todo mundo sabe que os roubos só
existem porque existem os compradores. Alguns ferros-velhos, oficinas e
depósitos são conhecidos por: comprar fios queimados, comprar portões
arrancados, comprar panelas, latões e peças de alumínio, comprar equipamentos
eletrônicos roubados, comprar ferramentas agrícolas, comprar tudo que o bandido
leva. A população sabe quem são, parece que até o policiamento os conhecem, mas
parece que ninguém mais investiga. Não existe ladrão sem comprador. Enquanto
a polícia finge que não vê e a fiscalização não aparece, o crime vira negócio
lucrativo.
O ciclo da
incompetência reforçado por festas e descaso. Enquanto isso: Saúde a desejar faltando,
Saneamento precário, Educação não sai na frente, Habitação zero, Transporte!, Iluminação
pública alto preço, Segurança desprezada, Trabalho e oportunidades inexistentes.
Mas basta fazer uma festa, barulho e fogos, que o povo esquece tudo.
A vereança não
cobra, não fiscaliza, não bate de frente. Prefere participar das festas também,
ocupando palcos, tirando fotos e aparecendo como se tudo estivesse em perfeita
ordem. Enquanto isso, os problemas reais são empurrados para debaixo do tapete.
Falta atitude, falta coragem e, principalmente, falta compromisso com quem
realmente paga a conta: o povo. E assim permanece o lema silencioso da cidade: “Se
tem festa, está tudo bem.”
Mas não está.
Porque festa não ilumina rua escura, não diminui o número de furtos, não
resolve calçamento quebrado, não põe medicamento no posto de saúde, não resolve
a fila constante de pacientes, não cuida das praças destruídas e nem devolve a
segurança que a população perdeu. O que se vê é uma administração que aposta no
brilho momentâneo, em vez de enfrentar os problemas do dia a dia.
E os
vereadores, que deveriam ser a voz da população, transformam-se em meros
espectadores — ou pior, em cúmplices pelo silêncio. Muitos preferem agradar o
gestor do que defender a comunidade; trocam o dever de fiscalizar pela
conveniência de manter benefícios, cargos e aproximações políticas.
Além de não
cobrar, não fiscalizar e não bater de frente, existe ainda o medo — um medo
silencioso que paralisa e compromete qualquer atitude. Há pouco tempo mesmo,
vimos um exemplo claro disso: o vereador tentou cobrar, mas o gestor impôs sua
vontade, e o vereador simplesmente se sujeitou, aceitando tudo da forma que foi
exposto. Uma cena lamentável, que escancara a fraqueza de quem deveria defender
o povo.
É triste
perceber que quem foi eleito para representar a comunidade está se curvando,
não por respeito, mas por receio. Vereador que teme gestor não fiscaliza;
vereador que teme gestor não questiona; vereador que teme gestor não serve ao
povo, mas sim aos interesses de quem está no poder e a si.
E assim fica
evidente o quadro mais duro: a população está mesmo sem representação. Sem voz.
Sem defesa. Sem ninguém para enfrentar, cobrar, exigir, denunciar ou lutar. Uma
Câmara que deveria ser o equilíbrio transformou-se em extensão do gabinete do
gestor. E quando a coragem desaparece, a cidade inteira paga o preço.
São
representantes que evitam debates duros, que fogem de questionamentos, que não
querem desagradar ninguém para não perder apoio. Mas, ao agir assim, perdem
algo muito maior: a confiança do povo.
A Câmara
deveria ser o espaço onde os problemas do município são levantados, debatidos e
enfrentados com seriedade. Porém, o que se vê é uma fileira de cadeiras
ocupadas por quem apenas concorda, acena a cabeça e aprova tudo sem questionar.
Uma vereança que não representa, não protege e não reage. Enquanto isso, a
cidade sofre calada — e eles fazem de conta que não veem. Fazendo a festança!

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