- Os Presidenciáveis e a Era da Manipulação: Fake News como Arma de Campanha
Atualmente, as
eleições deixaram de ser somente um momento de debate de ideias e propostas
concretas. Elas se tornaram, infelizmente, batalhas virtuais de
desinformação, onde a verdade é manipulada, distorcida ou enterrada sob uma
avalanche de fake news. E o mais grave: isso parte dos dois lados — esquerda
e direita —, sem distinção; lógico que mais da direita.
1. A Política Virou um
Campo de Guerra Digital
Os presidenciáveis de hoje
parecem ter aprendido uma lição perversa: quem controla a narrativa,
controla os votos. Assim, a disputa eleitoral muitas vezes não gira mais em
torno de planos de governo, competência administrativa ou compromisso com o
povo. Gira em torno de:
- Vídeos cortados fora de contexto.
- Notícias falsas plantadas em redes sociais e
grupos de mensagens.
- Acusações infundadas, sem provas, mas que colam
na opinião pública.
- Campanhas que usam o medo, o ódio e a mentira
como combustível emocional.
2. Esquerda x Direita:
Todos Usam, Ninguém Assume
Nenhum lado está isento dessa
prática. Vamos ser claros:
- Na direita,
muitos presidenciáveis usam fake News para pintar a esquerda como
“comunista”, “ameaça à família”, “destruidora dos valores cristãos” ou
“aliada do crime”, mesmo sem provas concretas. Criam um clima de medo que
transforma o adversário político em inimigo mortal.
- Na esquerda, muitos presidenciáveis espalham mentiras ou exageros sobre a
“ameaça fascista”, criam alarmismo sobre a perda de direitos ou associam
qualquer discurso conservador à opressão total. Também usam dados
distorcidos e exploram a emoção para manipular os mais vulneráveis.
Ambos os lados apontam os
erros do outro, mas se calam quando os erros partem de dentro. Quando são
questionados, dizem que foram “mal interpretados” ou culpam assessores. Poucos
admitem o uso deliberado de mentiras — mas todos se beneficiam delas.
3. O Efeito nas Pessoas:
Medo, Ódio e Cegueira
Essa prática deliberada de
desinformação tem um custo altíssimo: a destruição da confiança e do
diálogo.
- As pessoas passam a odiar quem pensa diferente.
- Amigos e familiares se separam devido à política.
- O eleitor se torna um fã de político,
defendendo líderes como se fossem santos ou heróis — mesmo diante de
escândalos, erros e contradições.
No fim, o povo é jogado uns
contra os outros, enquanto os políticos que causaram tudo isso seguem suas
campanhas, tirando proveito da polarização e do caos.
4. Eleição sem Verdade:
Vitória Sem Legitimidade
Uma eleição vencida com base
em mentiras não é uma vitória legítima. É uma fraude disfarçada de
democracia. E o pior: quem vence assim, governa assim — cercado de
distorções, de propaganda enganosa e de uma bolha que esconde a realidade.
Quando um presidenciável
mente para ganhar, ele mostra que está disposto a enganar para governar,
e isso é extremamente perigoso. Se a mentira virou parte do caminho até o
poder, o que esperar depois que o poder estiver nas mãos?
Conclusão: O Povo Precisa
Reagir
A responsabilidade também é
nossa. Se os presidenciáveis mentem, é porque sabem que a mentira funciona — e
que muitos eleitores não checam, não questionam e não se importam.
Mas é preciso mudar esse
jogo. Não há democracia forte com base em fake News. A política precisa
voltar a ser feita com verdade, caráter e coragem. Não podemos escolher
líderes com base em medo, ódio ou ilusões — temos que escolher com base na
razão, na honestidade e na esperança de um país melhor.
A mentira pode vencer uma
eleição, mas nunca constrói uma nação.
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