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sábado, 14 de abril de 2012

Isso sim é ser educador.14/04/12


Isso Sim é Ser Educador
Eu vejo hoje como são diferentes as professoras que estão na ativa, não digo que são todas, mas a maioria está dando aula pelo sabor de ganhar seu salário.
Os professores de hoje em dia não aplicam amor aos alunos, como muitas daquelas que existiram há tempos atrás.
Foi se o tempo em que um professor tinha gosto de ser o máximo, para incentivar um aluno em sua aprendizagem, ainda diz que os alunos perderam completamente o respeito por eles.
Como perderam o respeito, se eles mesmos não fazem o necessário para colocar respeito?



Deixaram os alunos dominarem-nos.
Agora é um pouco tarde para dizer que perderão o respeito, mas ainda têm jeito.
Lembro-me de nossa diretora dona Violánte que dizia, deve se domar o leão nos primeiros dias de aula, assim ele terá respeito para sempre.
Mas se os deixar em fazer uma coisinha aqui e outra ali e quando vê tudo está perdido.
Como em casa ao fazer uma besteirinha da primeira vez, deve-se os pais contê-los de imediato, pois se deixarem faz um estrago.
Assim foi a diretora Dona Violánte, quando colocava todos juntos dentro daquele pátio, logo dizia aqui é assim e assado, não tinha dessas de o aluno fazer o que bem entendesse.
E naquele tempo começávamos estudar com sete anos de idade, hoje começa com muito menos idade, pois vão para as creches, por tanto é bem mais fácil colocar o aluno no seu devido lugar.
Centralizando o no canal da aprendizagem.
Há um dizer dos mais corretos existentes; um burro nunca será domado com abridão, mas sim com um freio de puro aço.
Assim são os pequenos impensáveis.
Quando se inicia para vida tendo esses pequeninos freios serão domados como feras.
Claro que um pensamento não foi feito para ter domínio, mas podem ser amenizados com educação.
Estes pensamentos terão mais tempo para sentir o que se pode fazer ou não.
Lembro-me de uma passagem que presenciamos e tivemos como a maior aprendizagem que uma pessoa pode ter.
Em nossa escola, no ano de mil novecentos e sessenta e seis entrou um novo aluno, que veio de Claraval.
Este aluno tinha seus oito anos de idade.
Gustavo era seu nome, garoto bruto como argola de laço, tinha em sua boca uma saída de palavrões e xingamentos.
Sem respeito por ninguém.
Tudo para ele era um credo em cruz.
Nunca tinha alegria, nem mesmo estudava direito.
Vivia maneado com outros não estudantes de uma vila, fazendo o que não deveria fazer, roubava pequenas coisas dentro da sala de aula, fumava como sapo, gostava de brigar sempre com os menores.
Toda menina que ele se invocava, apanhava como cachorro pegador de pintinho ou ovo.
Talvez sua família o deixasse largado pela vida de amargura, foram uns dois anos dessa forma,fazendo o que ele queria, desrespeitando sua professora e seus coleguinhas de classe.
Ele era mesmo um tolo, vivia em uma vida de não compreensão e cada dia que se passava ele ia tornando um animal indomável.
Com o passar dos dias dona Violánte deveria estar pensando em acabar com aquilo, mas como fazer, com aquele bruto sem respeito, que vivia atazanando a vida de quem era suficientemente estudioso.
Muitas vezes dona Violánte tentou comunicar se com ele, até mesmo um castigo ela deu a ele, mas não era suficiente para manter ele na linha.
Dizem que todos nós temos uma estrela na testa, mas aquele menino tinha era mesmo uma flecha apontada com a lança a todos que estavam a sua frente.
Como disse minha querida professora dona Sônia um dia, é tão poucos os que não têm coração e estes poucos fazem outros tantos perderem seus corações de amor.
Ali estava um só malfeitor.
Entre muitos de coração de amor, os quais vinham entrando na dele e também estavam perdendo o amor dentro de si.
Pela manhã quando ele chegava durante a espera do sino, ninguém tinha sossego.
Todos se desviavam dele, para não sentir sua presença por perto.
Até mesmo no recreio ele era mesmo o capeta, o demônio solto pelo local de seres humanos. Perturbava tanto que nem mesmo uma surra daria jeito no imbecil.
Aquele sim; tinha a alma do lúcifer.
Como aquele menino o mundo está cheio.
Por toda parte que se ande há diabos soltos, fazendo todo tipo de maldade, até mesmo dentro da casa santa do supremo criador.
Ali na escola nada continha aquele menino capeta por nome de Gustavo.
Dona Violánte tinha perdido o desejo de orientá-lo.
Pois tudo que tentava explicar para ele, nada dava certo.
Castigo piorava.
Ao sair ele fazia com muito mais raiva ainda.
Com isso todos o deixavam de lado, nem mesmo o desprezo que nós dávamos a ele mudava em nada.
Para ele não significava nada, assim mais ele o fazia, talvez querendo aparecer ou por ser mesmo cheio de maldade dentro do peito.
Durante muito tempo foi indo assim, ele entrava e saia à hora que queria do grupo, nem mesmo os pais tinham como dominá-lo.
Dona Violánte até chamava seus pais para ver se poderiam dar um jeito nele, mas nada dava mesmo conserto.
Seus pais diziam que ele não tinha mesmo remédio, por isso o que as professoras e a diretora quisessem fazer para que ele mudasse, podiam fazer.
A mãe dele disse; se for preciso pode até dar umas pauladas, pois ela já não mais agüentava aquele menino, que muitas das vezes a atacava com paus e pedras.
Dona Violánte era durona, mas não dava conta daquele inferno.
Aquilo ali não era mesmo gente.
Tinha a alma de todos os demônios juntos.
Sabíamos que ninguém agüentava aquela peste.
Mas o que poderia ser feito?
Nada, talvez!
Quem sabe há vida um dia mudaria aquela febre de gente com suas tentações.
Várias vezes dona Violánte deu expulsão para ele, sempre quando voltava era bem pior do que antes.
Com quase dois anos de permanência ali no grupo, já não mais estávamos suportando aquela alma perdida e agora sem ação estávamos perante o demônio solto entre nós.
No dia dezoito de outubro de mil novecentos e sessenta e oito:
Cinco para sete da manhã daquele dia, Gustavo perturbava uma garotinha, dentro do pátio a espera do sino tocar, quando ele o demoniozinho começou a espirrar.
Então Gustavo abaixou ao chão do pátio e foi espirrando sem parar, colocando suas mãos a barriga como se estivesse sentindo alguma dor. Seus espirros aumentavam ainda mais.
Começou então a suar como se tivesse uma nascente de água dentro do seu corpo.
Gustavo começou a ficar amarelo e depois foram esverdeando, braços, pernas, e seu rosto foi ficando cinza partindo para o preto, começou então a rolar pelo chão como uma cobra, foi àquela gritaria dos alunos que estavam ali perto do menino.
Vieram às professoras e a diretora correndo, Gustavo já estava babando como um cão louco escumando os cantos da boca e não dizia coisa com coisa.
Cinco dias antes de isto acontecer estivera ali na escola a pedido da professora dona Sônia, com permissão da diretora dona Violánte umas senhoras fazendo oração em cada classe e dando alguns conselhos, que era muito bom para nossa aprendizagem.
Lembro-me que não foi uma oração dessas repetidas como fazem por ai.
Elas diziam em suas orações palavras para o criador com amor.
Nós ajudávamos as mulheres orarem.
Essas mulheres pediam ao senhor para ter compaixão de todos que ali estavam e de todos de nossa família.
E neste dia o demônio do menino Gustavo não se encontrava em aula.
Mas as senhoras pediram para ele também e dava para perceber que aquela oração era na base de pura fé.
Gustavo continuava se enrolando como uma cobra ao chão e espumando, soltando aquela baba grossa de dentro e suando sem parar, com uma expressão de um lobo a atacar.
Juntou se então umas três professoras e catou-o do chão carregando até o carro de uma professora levando o para o hospital.
Naquele dia a aula começou por volta das nove horas da manhã, levando Gustavo para o hospital, os médicos não acharam nada de doença.
Mesmo assim ele ficou internado por três dias.
Ao sair do hospital ele ficou um tanto bobo, perdeu completamente os sentidos do que estava fazendo, cinco dias depois estava ele novamente na escola, mas sempre quieto, ficando praticamente sem ação de nada, tinha mudado completamente seu jeito de ser.
Daquele dia em diante o menino Gustavo, passou não mais fazer o que vinha fazendo, estava ele agora como uma lesma pelo grupo.
Agora tínhamos pena daquele arteiro de antes.
Não perdeu o sentido de aprendizagem, mas estava como que um pacóvio sem rumo.
Quando alguém com ele iam conversar, ele deixava a pessoa falando sozinho e saia andando.
Ficou com uma feição de jururu, com o rosto um pouco amarelado e os olhos sempre rasando de água, com isso nem mesmo amizade queria com outros alunos.
Passado algum tempo, começou dar feridas por todo seu corpo.
Gustavo passava todo tempo coçando aquelas feridas, que foram ficando profundas.
O menino foi internado muitas e muitas vezes.
Não acharam cura para aquilo, conforme as feridas iam se cicatrizando, ficavam em volta com cor de um sal, esfarinhando sempre.
Durante o resto do ano sempre foi assim ia e voltava do hospital.
No ano seguinte ele tinha melhorado bastante, mas continuava com jeito de um mentecapto, bobalhão da escola agora tinha virado, mas nós os alunos não desfazíamos dele.
Diziam que aquilo que aconteceu com ele, foi por causa das orações das mulheres e o Criador ouviu e retirou o demônio de seu corpo, as conseqüências ficou para ele perceber que a vida não deveria ser como ele queria.
Parece que foi um grande exemplo para todos que no grupo estudavam até mesmo para os professores e a própria família de Gustavo.
Isto também é um exemplo de professor e de diretor da educação, a diretora percebendo que com palavras não mudaria aquele diabo usou o freio mais resistente que se pode ter,
E com o acontecimento Gustavo não mais fez o que não deveria fazer.
Sábias aquelas educadoras do Mello Viana isso sim é ser educador.



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