Hoje resolvi ser um homem, sendo um macho do quase nada, indivíduo assim, um
tamanho abatido.
Pois
estou me sentindo nada, um nada do pouco menos, nada do nada.
Sendo
nada me transformei em nada de coisa nenhuma mesmo.
Assim,
vim
Vagando
igual a uma borboleta;
Sem
direção na vida, estou chegando.
Batendo
asas estando triste arrependido do que não fiz.
Um
olhar infeliz e semblante cansado
Encontro-me
trazendo no rosto marcado pelo tempo, o sofrimento e muito desiludido.
Com o
tudo que passei e quase nada encontrei, muito menos apresentei.
O mundo
foi livro aberto para mim
E eu vi
de perto, no entanto quase nada me instruiu.
Muita
falta cometida, não somente por mim.
O
motivo para ter-me deixado sem professor foi à falta de um.
O livro
aberto eu descobri escrito com palavras delicadíssimas.
E muito
difícil de se ler, com isso não aprendi.
Não me
conformo com tudo que passei, pois se sem nada praticamente fiquei.
Vivendo
assim danificado sem ser o culpado.
Quantas
vezes eu chorei sofrendo aqui no meu banir.
O meu
volumoso erro foi não perdoar, quem sabe.
A
Borboleta bonita eu sou, mas sem parada, sem lugar, sem água, muito areia para
pousar.
Já é
muito tarde, meu olhar está melancólico e o cansaço faz me sentir fraco, mas
ainda mesmo não sendo nada tenho que lutar.
Não
para ser tudo, mas para sair-me com alegria sem ter cansado, não ser nada
também cansa e não ser nada é praticamente uma coisa nula.
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